Todos me dizem que tive muita sorte no trabalho que consegui. Minhas colegas falam comigo como se eu não tivesse direito a ter mais nenhum trabalho/emprego.
Lamento (ou não) a minha falta de humildade,mas eu não andei 3anos a trabalhar e estudar, abdicando de muitos "prazeres" para acabar a minha vida a vender peixe/carne/legumes/ na caixa de um supermercado (seja uma multinacional ou não). Também não estou à espera de me tornar a directora de marketing de uma das melhores/mais afamadas marcas de carros; mas querer um emprego mais bem remunerado que o ordenado mínimo, com outras responsabilidades e mais enquadrado naquilo que eu estudei não é nenhum sacrilégio, é só a recompensa do meu esforço.
Não tenho vergonha do que faço,e esforço-me para fazer o trabalho o melhor possível, mas não posso dizer que gosto do que faço,que me sinto realizada.
Não me sinto realizada (só satisfeita e aliviada por saber que tenho um ordenado) e não vejo mal nenhum em ver isto de forma temporária e em procurar o que realmente me satisfaz.
Sim ando exigente. Meu próximo trabalho tem de ter horários flexíveis que me permitam cuidar de meu filho, da casa, de meus pais e ainda dar-me uma situação económica e profissional minimamente estável e ainda me faça sentir realizada profissionalmente... Por isso é que foi mais fácil ir trabalhar para a peixaria do continente!
Não gosto de todo do natal, se bem que este ano foi muito mais especial. Mas faltou gente; faltou família, porque estavam em suas casas com partes importantes das suas famílias.
Na Páscoa é diferente. Estamos todos juntos porque acompanhamos o compasso e vamos à casa de todos. É lindo! É uma festa com concertinas, amigos, amigos de amigos...
Este ano é a primeira Páscoa do meu bebé. E eu que adoro esta festa e tenho um filho pequeno, tenho que trabalhar. Não tenho direito a acompanhar o compasso, a almoçar com os familiares mais chegados...
Posso dizer que está é a Páscoa que menos me agradou. Desejo para o próximo ano ter a oportunidade de aproveitar em dobro esta festa.
Não é. Quando o conheceres melhor também vais gostar.
Eu gosto do mar, das serras, do vento, do por do sol, mas principalmente,do nascer do sol. ( claro que para mim, o mundo ficou muito mais bonito desde que tu existes! )
As pessoas também não são más. Ou melhor:a grande maioria das pessoas não são más. Infelizmente existem algumas que tem demasiado ódio e coisas ruins no coração. Essas são muito más. Mas nós somos muito mais do que eles.
Gostaria de te dizer com toda a certeza que o amor e o "bem" vencem sempre, mas nem sempre eu acredito nisso. Principalmente quando se liga a televisão e o primeiro som que ouvimos é o choro de crianças; crianças assim como tu, inocentes do mal que as rodeia, mas as suas principais vítimas
Não sei que homem serás,nem tu sabes. Mas prometo tudo fazer para pertenceres à maioria: aqueles que não fazem o mau.
Prometo defender-te das maldades que cada vez mais atacam a vida rotineira.
Estou, como 99% da população, solidária com as vítimas dos atentados da Bélgica.
Continuo sem perceber os motivos de quem fez e faz tais monstruosidades (ou eles não se explicaram muito bem ou eu ando muito estúpida).
Concordo que todos temos de ter ambições na vida. E num mundo onde cada vez há mais ambições mesquinhas (conseguir um emprego, conseguir manter o emprego...) ver que há gente empenhada em conquistar o mundo e reenvangelizar o mundo é algo notável!
Mas tenho umas dúvidas: para que queremos o mundo destruído? E quem vamos evangelizar se matarmos as pessoas? (Acho que andam distraídos com os meios e não estão a ver a longo prazo)
Permitam-me dar a minha opinião: já que o sr da Coreia e os senhores do estado islâmico andam com tanta vontade de guerrear sugiro que se enfim ambos num vasto deserto (onde não exista ninguém num raio de várias centenas de quilómetros) e entre homens bomba e bombas atómicas se divirtam juntos. (Já agora que chamem o sr dos states que tem tanta vontade de fazer um muro para fazer o muro à volta!)
E deixem as outras pessoas com ambições tão mesquinhas como chegar a tempo ao trabalho, não se atrasarem para pegar os filhos na escola, subir na carreira, viajar livremente, tranquilas!!
Tenho que confessar que já sentia falta do "mundo laboral". Apesar de preferir ficar mais uns tempos com o meu pequenino.
Não é o trabalho dos meus sonhos; nem fica perto disso. Mas é um trabalho com contacto directo com pessoas e eu gosto.
Passo o dia todo com saudades do meu bebé. E cada vez que vejo uma criança sou invadida por uma tristeza enorme.
Sei que sou eu quem tem as rédeas da minha vida. E sei que se quero mudar a minha situação actual tenho de trabalhar para isso.
Não tenho rendimentos extra, meu companheiro também não. Mas não quero passar a vida a fazer coisas que não me agradam (alguém disse: "enquanto não trabalhas no que gostas, faz o teu trabalho com gosto" (e isso eu faço))!
Quero trabalhar e ter tempo para a minha família. Por isso tenho que aproveitar que o trabalho é a tempo parcial para dar o salto que sempre adiei.
Ou faço isso agora, ou daqui por 20 anos vou ser uma pessoa desiludida com a vida como tantas outras.
Estou exausta. Comecei hoje e já estou a contar os dias para a folga (que por acaso não sei quando é)
Não é o trabalho que custa. (Se bem que carregar caixas de bacalhau não é fácil).O que foi difícil de aguentar foram as saudades do meu pequeno.
E para piorar ele estava a dormir na minha hora de descanso e agora também.
Sou tão parva por ter aceite ir trabalhar já. Mas não sei quando teria outra oportunidade...
Talvez devesse voltar a pensar em um dia de cada vez e assim não faria tanta tontice. Até porque o que realmente me importa é o tempo que estou com o meu pequeno. Que esse tempo seja de qualidade ( o que,hoje, não aconteceu)!
Fui contactada na quarta para começar hoje. Prometeram que voltavam a ligar no mesmo dia para me transmitirem as informações necessárias para o meu primeiro dia de trabalho. Mas nada aconteceu.
Sei que devo começar hoje mas não sei o horário, onde me devo apresentar...
Mau de quem precisa!!!
Revolta-me isto tudo. Ligam dois dias antes numa de: "queres? não queres há mais opções..." Depois garantem que ligam mas comportam-se como: "liga tu se queres, afinal és tu quem precisa..."
Ok, são um grupo grande; e felizmente para eles (os empregadores) há muita oferta de mão de obra de qualidade e a um custo muito reduzido (o ordenado mínimo não é nada de especial; e sim eu sei que é uma questão de perspectiva e que muitas empresas não iriam conseguir pagar mais, mas não me parece que seja o caso)!
Sim, a minha vontade de começar hoje é nula (até assusta! )
Quero trabalhar e não tenho qualquer problema em desempenhar qualquer função. Mas tenho um grande problema em deixar o meu bebé a terceiros. Sei que está muito bem entregue, mas não está comigo...
Hoje recebi uma notícia boa ( mas sabe a amargo!).
Vou voltar a trabalhar... Já não me acontecia isso de ir a uma entrevista e ser seccionada à muito tempo!
Não é nada de especial: um part-time no grupo Sonae (agora sem frescuras:vou trabalhar na peixaria do Modelo cá da terra. E são só umas horas!
Para alguém que está a receber o subsídio social de maternidade, até é uma boa oportunidade (bom bom era alguma coisa na minha área, mas eu sou (e sempre fui da opinião) que licenciatura não alimenta e devemos procurar no "nosso ramo" mas sem estar restrito a isso)
A parte menos boa é o bocadinho que vou deixar o meu menino. Ainda não comecei e já tenho saudades dele. E tenho medo de perder a primeira palavra, a primeira gargalhada,a primeira vez que gatinhe...
Sim, sim... Não sou a primeira a passar por isso. E há centenas de pessoas que perderam tudo de primeiro nos filhos!
Desde cedo aprendi que as mudanças são sempre boas por muito difíceis que possam ser.
Acredito que esta é só uma nova fase. Mas aquilo que eu queria mesmo era poder trabalhar e ter o meu filho perto de mim.