Já algum tempo que sigo a página do Facebook (que agora é também um blogue) : "Felizmente sou um gajo desempregado". Confesso que gosto bastante. Identifico-me muito com a ironia e o humor com que o "Gajo" aborda vários assuntos actuais do nosso país.
Hoje descobri a página,também no Facebook: " O Gajo que acordou". Ainda não a explorei, mas fiquei a pensar numa frase que lá estava:" QUANTO TE PAGAM PARA ABANDONAR OS TEUS SONHOS? "
Estou de verdade a pensar nisso. A primeira conclusão que tirei assim a fresco, foi que nunca me pagaram muito para eu abandonar os meus sonhos.
É certo que não os abandonei, mas tenho adiado constantemente, por um mísero ordenado mínimo, e na maioria das vezes, desempenhando funções que não me aproximam/aproximaram do que eu quero.
Vale a pena reflectir sobre isto...
Vale a pena viver em função das necessidades rotineiras?
Ontem, oficialmente, completei os 30 anos. Digo oficialmente pois há muito que finjo fazer anos na passagem de ano, por isso,quando me perguntavam a idade eu já respondia: 30!
Foi o meu primeiro aniversário como mãe. E gostei muito das surpresas que o meu companheiro me proporcionou. Sei que sou alguém com muita sorte. E não estou só a falar do lindo ramo de rosas e tulipas vermelhas que me ofereceu mas do jantar romântico que estava à minha espera quando cheguei do trabalho, do facto de ter cozinhado e arrumado a cozinha, ter optado por jantar às 23horas... foram tantos os pequenos, mas significativos, gestos!
Eu não dou grande valor ao dia do meu aniversário. Nos outros anos comprava uma lembrança para os meus sobrinhos e era assim que festejava vendo o sorriso deles.
Este ano não consegui ter tempo para comprar alguma coisa para eles. E dói-me não ter conseguido um pouco de tempo para ir visitar o meu sobrinho. Já não o vejo há seis meses e morro de saudades dele.
Depois há aquela ausência que por muito tempo que passe não vai diminuir: a falta da minha menina.
Ela gostava tanto de festas de aniversário: festejar o nascimento, a vida, o estar vivo! É impossível não me lembrar dela e não sentir falta daquela alegria!
...
Pronto, já tenho 30 anos e um montão de coisas boas que eu nunca pensei que iria ter.