A Revolução
Sou uma cidadã orgulhosa da revolução de Abril.
Orgulhosa porque o vermelho da revolução veio, maioritariamente, de cravos e não de sangue.
Verdade que, nascendo já depois de 74, não sei realmente o que ganhei. Meus pais e meus avós sabem. Eu sempre pude falar o que queria, palpitar à vontade sobre política (sim palpitar pois não sei muito de política, mas parece-me que os políticos que temos também não sabem); sempre pude votar e sempre tive uma grande escolha de pessoas para eleger.
Tal como uma boa maioria das pessoas (a acreditar no nunero da abstenção) não concordo com as politiquices que se andam a fazer, mas não deixo de exercer esse direito/dever conquistado pelo 25 de Abril.
Talvez ainda exista em mim a esperança que um dia (não muito longínquo) os valores daqueles soldados de Abril vão ser atendidos pelos políticos (serão outros e não estes).