Meu menino
Chamava-me tia e falava de mim tão fervorosamente que todos na escola me conheciam.
Estive um ano sem o conseguir ver. Um ano que só sabia dele através do Facebook. Um ano em que se tornou jogador de basquetebol. Um ano em que perdi todos os jogos.
Vi-o. Meu coração encolheu de felicidade. Chorei de alegria. Tive a confirmação do que sempre disse: ele é uma parte importante do meu coração.
Que importa se temos ou não o mesmo sangue? O que eu sei é que o adoro e tenho que encontrar uma solução para voltar a me aproximar dele. Quero muito que meu filho cresça com ele.
Aquele menino que adormeceu no meu colo está a crescer (possivelmente com a ideia que eu não me interesso por ele).
Eu quero muito que ele saiba que é o meu menino, como sempre foi. Que o amo muito e que não há filho algum que mude isso. Porque, sendo um amor diferente não deixa de ser amor verdadeiro.