Hoje uma jovem, minha conhecida, caiu na asneira de me pedir conselhos sobre a sua situação amorosa. (Logo a mim, coitada!!!)
Então ela anda de amores por alguém com o "síndrome boomerang" (entre outras patologias)(síndrome boomerang :vai e volta e torna a ir e a voltar...).
Oh mas eu conheço esse tipo de peças.
Disse o melhor que podia!
Expliquei-lhe que devia de afastar-se dele!
Oh mas ela insistiu: está apaixonada. Continua apaixonada por ele mesmo depois do relacionamento ter terminado há 2 anos! E ele parecia também em sintonia com ela... O problema é que ele está "preso" num relacionamento que não corre bem...
Dei por mim a pensar: "ENA, EU JÁ VI ESTE FILME EM ALGUM LADO... MUDARAM DE ACTORES, MAS O GUIAO É IGUAL. "
Voltei a pedir para ela seguir com a sua vida!
Respondi com cautela, mas com toda a frieza que eu não consegui esconder:
Então é assim: ninguém merece ser a outra (ou o outro). É que não se é a segunda opção, acaba -se por ser a última e quem é que no seu perfeito juízo quer algo assim?
A outra coisa que eu partilhei com ela foi isto : quem não está bem num relacionamento, não vai arranjar logo 2. O mais lógico é acabar com o relacionamento.
O problema é que há pessoas com muita dificuldade em lidar com a sua própria companhia e tem medo de estar só. Depois há o outro tipo de pessoas que, também não gosta da sua companhia e aceita qualquer coisa para companhia.
A essas pessoas eu tenho algo a dizer: AMOR PRÓPRIO, muito importante para evitar desgosto e desgastes emocionais! 😉
Depois de uns dias de angústia, a boa notícia: o AVC deixou muito poucas sequelas!
Agora vem a parte mais difícil: convencer aquela cabeça dura de que com força de vontade e fisioterapia vai tudo ficar bem.
Realmente, eu tenho razão: o destino tem cada coincidência!!! Ele vive todo o ano em França, mas foi aqui que adoeceu...
Uma pessoa que faz uma alimentação "saudávelzissima", que não consome bebidas alcoólicas, faz exercício todos os dias, que probabilidade tem de ter um AVC?
Esta vontade incontrolável de comer, nada é mais do que este sentimento de revolta e medo e não sei que mais.
Estou cheia de vontade de chorar como um bebé pequeno. E ao mesmo tempo, só quero agarra-lo, abana-lo e dizer lhe que não vai desistir; eu não deixo!
Não gostei nada de o ver a aceitar os acontecimentos como sendo o início da sua incapacidade.
Não, não é! É o início de uma luta, que o vai acompanhar para o resto da vida, mas que ele pode e consegue vencer.
Eu sei que já não sou a menina que, esperava todo o ano, para matar saudades do seu tio, no mês de Agosto. Sei que, tal como eu, ele também cresceu, mas mesmo assim, não tem idade para desistir, tal como eu ainda não tenho idade para aceitar que ele desista.
9Trabalho em Espanha. A poucos quilómetros de casa, mas os suficientes para não ter cobertura de rede.
Quando cheguei perto da fronteira o telemóvel tocou. Uma SMS a avisar que o meu companheiro me tinha ligado e outra que dizia: "Vai direta para casa. A tua mãe ligou. O rapaz tem febre."
O carro acelerou logo. Se a minha mãe ligou é porque o rapaz não tinha SÓ febre...
Verdade. O rapaz teve vómitos, diarreia e queixava-se de dói dói na barriga.
Quando eu cheguei já dormia. Meus pais foram à farmácia e com um xarope resolveram o problema.
Mas eu sinto-me mal. Se alguma coisa acontecer, enquanto trabalho, eu não vou saber. E estou a meia hora de distância de casa (meia hora é tanto tempo...).
Eu sei que ele está bem entregue e que é bem cuidado, mas hoje quando ele chorava, com todo o mau estar, e chamava por mim, eu estava a trabalhar tranquilamente.
A que preço... Que preço há que pagar para ter uma vida digna (e falo do mínimo de conforto!)...
Ao fim de 5 dias no meu novo trabalho cheguei a esta triste conclusão ( e só a considero triste por causa da minha condição económica!): o meu trabalho de sonho é ser rica!!!
Agora fora de brincadeiras, eu não tenho grande paciência para receber ordens e odeio (sim ODEIO), que quando eu tomo a iniciativa de procurar e propor novas oportunidade de negócio, plausiveis, o patrão olhe e diga: "parece bem, mas agora não quero fazer isso."
eu sei que a empresa é dele e ele faz o que quer. Mas se a memória não me engana, a justificação que me deram para me contratar foi: queriam alguém com ideias novas que os ajudasse a promover o negócio e fizesse a empresa crescer.
Na realidade, querem alguèm para tratar das papeladas e responder aos emails...
Não me considero parecida com nada. Aguento a pressão e "rebento", como só eu faço.
Sou forte, resistente, frágil e fraca, exactamente na minha medida.
Sou sentimental, saudosista, fria, insensível, calculista, protectora, presente e ausente, como só eu sei.
Sou firme, persistente, teimosa e desistente, exactamente na medida que eu aguento.
Sou eu... E sei que posso ser tudo o que eu quiser, mesmo quando sou o que não quero, foi porque eu escolhi assim ser; optei por ser o que posso e não o que quero!
Li há uns dias este comentário numa rede social: "há alguns anos atrás, e não foi assim há tanto tempo, as pessoas eram felizes sem grandes vaidades!"
Dei por mim a lembrar a minha avó. (Falo da minha avó por ser das pessoas que estavam mais próximas de mim, mas poderia falar da minha tia ou do tio Adão, o tio do meu pai.
Lembro que todos eles tinham vaidade e gostavam de mostrar os seus luxos.
A minha avó, não escondia a vaidade que tinha nos filhos e nos netos. Falava com alegria (e vaidade) dos almoços ou jantares em família. Dedicava-se a 100% a esses momentos, dava-se ao luxo de ignorar tudo para que aquela comida saísse bem, para que tudo estivesse deliciosamente perfeito.
E a vaidade com que nos levava a passear no carro das vacas? Não vejo muitos avôs a passear os netos, nos seus carros topo de gama com a mesma alegria e vaidade.
Tudo isto para dizer que sempre houve vaidade. Mas actualmente, valoriza-se mais as coisas de elevado preço e não tanto as coisas de elevado valor, aquelas que nem sempre tem preço.