A idade, a idade, a idade...
No alto dos 93 anos a minha velhinha já perdeu muita da sua força física. Já não anda e, como ela diz, um dos braços está muito preguiçoso.
Não acho que isso seja razão suficiente para que não possa usufruir do neto mais novo.
Sempre que posso coloco o pequeno no seu colo. Ela adora e ele também, pois ninguém o consegue acalmar e adormecer tão rapidamente como ela.
No entanto, sempre que eu digo que deixo o pequeno com a avó, sou repreendida. A razão que me dão: ela já é muito velha!
Eu sei as limitações dela e não considero que esteja a por algum deles em perigo. E, eles têm o direito de criar laços. Que laços criam se não tiverem contacto um com o outro?
Outra coisa que eu não suporto são os comentários sobre e a paternidade "tardia". Como se ser pai tarde seja algo mau, como se um homem (ou mulher )perca a capacidade de amar, educar e proteger com o passar do tempo!
Sim o meu companheiro já não é um jovem. Entrou na paternidade tarde. Mas onde está o mal disso? É um excelente pai, presente e prestável, como não são muitos pais mais novos, que eu conheço.
Para terminar, frisar a minha revolta nessas ofertas de emprego em que pedem claramente (ou não ) pessoas jovens. Será que depois dos 25 ou 30 anos as pessoas serão menos competentes? Ou serão demasiado desleixadas para ocuparem certos postos de trabalho?
Que mania de colocar datas de validade. Somos pessoas - Seres Humanos - os tais que foram sobrevivendo às mudanças devido à sua capacidade de adaptação!
A idade até pode dificultar algumas actividades, mas também dá experiência...