"Há pessoas que pertencem à nossa vida, que se distanciam, e essa distância traz esquecimento. E há aquelas pessoas que distância alguma permite que se ausentem da nossa vida porque são tão importantes, e a sua presença foi tão marcante que levámos essas lições para o resto da vida!"
Na semana passada fui falar com a terapeuta da fala que está na escola do meu filho. O pequeno não fala lá muito direito. Há palavras que ele não diz e letras que ele não pronuncia. Para mim não é um problema, mas para os profissionais, o meu filho tem um ligeiro atraso na fala. Depois da conversa, ficou combinado que vamos fazer uns jogos em casa e se não resultar, vamos para a terapia.
Numa semana ele já diz lápis (vs ápis) e televisão (vs tevisão). Para além disso, passámos a ter, obrigatoriamente, uma hora de brincadeira todos os dias. Os progressos podem ser mais lentos que na terapeuta, mas é mais divertido para todos.
Os mais poetas dizem que casa e lar são diferentes (home e house).
Eu vivo numa casa, o meu lar está contruido nessa casa. É a casa da MINHA família.
É um espaço especial? Sim. É o meu espaço especial?
A minha casa é aquela quase ruina onde eu vivi muitos momentos. Está velha, a cair; está vazia, frágil e desabitada, mas é lá que eu me sinto em casa. Aquele lugar pequeno e sem nada está cheio de tantas gargalhadas, tanto riso, tantos sonhos e tanto carinho que eu ainda o sinto quando abro a porta perra pela humidade, ferrugem e a falta de uso.
Podemos ser felizes em qualquer lugar; podemos ser felizes num espaço que nos seja alheio. A felicidade não está na cor das paredes, ou nos metros quadrados de nada, está em nós e nas pessoas que nos rodeiam.
Mas quando eu penso no meu espaço, no meu porto de abrigo, no lugar onde me sinto realmente em casa, eu vejo a casa dos meus avós.
A minha casa, o meu cantinho, meu lugar encantado cheios dos meus sonhos de menina!
Hoje estive a ver as notícias (às vezes dá me para estas coisas!).
Fiquei a saber que o orçamento foi "votado" e que foi aprovado "pela abstenção... E dei comigo a pensar em ser militante desse organismo político que vence eleições, mas não governava, até este ano! O orçamento de estado de 2020 foi aprovado pela abstenção (fica para a história!)
Depois vi que a ordem dos médicos defende que o ministério da saúde não está a valorizar os médicos; à uns tempos atrás ouvi o sindicato dos professores a dizer o mesmo do ministério da educação... Fiquei com a sensação que temos ministérios que não estão muito conscientes daquilo que tem para governar (quem sabe em futuras legislaturas se abstenham de o fazer!)
Depois veio à memória, deputados a defender a redução do número de deputados (que eu até concordo), ou candidatos a eurodeputados que tem como bandeira eleitoral a saída de Portugal da união europeia... Nada contra, mas parecem me discursos pouco coerentes!
Parece me que a política em Portugal está cada vez maisincoerente!
Eu sei, que hoje a informação é aquela que vende... no entanto ando assustada com alguns assuntos que vou vendo...