Não que a vida me corra bem. Corre, o que não acontecia nos periodos em que ela manda.
É um facto: a minha "estagnação" é terreno fertil para ela. E ela sabe-o, mas eu também.
Neste momento sou a mulher que gosto: confiante, ativa, com planos (e com o conforto da certeza de os poder ter). Infelizmente, quero sempre mais do que tenho. E a falta de tempo para fazer tudo o que quero deixa-me fragil.
É nessa fragilidade que ela se apoia para subir. Essa minha insatisfação, esta minha falta de capacidade para me conformar com o que tenho, e saborear o momento antes de partir para a proxima meta.
Hoje eu estou por cima, um dia destes é ela que vai subir. Neste percuro aprender e validar o meu valor, aprender a desvalorizar certas situações e pessoas, aprender a caminhar com passos certos (melhor devagar do que correr e cair!).
Dia 5 de outubro: o dia em que um apagão de 7 horas de algumas redes sociais deixou muita gente a pensar na vidinha. Parece que ja não sabemos viver sem ostentações, manipulações, publicidades indesejadas e claro o sarcasmo/mau humor dos outros.
Ironia: no mesmo dia cruzei-me com uma colega, que segundo as suas redes sociais ela é a pessoa com suprema felicidade. O melhor sorriso? o dela; a pessoa mais bem disposta? ela!
Cruzei-me com ela irreconhecivel: bem vestida, bem maquilhada, mas triste, apagada, uma expresão dura como se estivesse zangada com o mundo.
Não sei se estava assim pelo colapso das redes sociais, ou somente por não ter uma camara apontada para ela.
Fiquei com a duvida: para além dela, quantas pessoas mais nos andam a enganar com uma felicidade manipulada nas lentes fotográficas?
Vivemos umas horas sem redes sociais. E, reparem, estamos cá todos para contar.
Eu aproveitei para andar de bicicleta com os putos!
P.S.: Nem dei por ela, desde que mudei de operadora (6meses) que a cobertura de rede/net é tão má que o meu telemóvel tornou-se num relógio que tira fotos (que geralmente não dão para partilhar!).