Recebi uma proposta de trabalho que me oferece o desafio e a oportunidade de aplicar os meus conhecimentos.
Mas eu já vi que aquilo que era o meu sonho transformou-se na minha desilusão. E tenho receio que volte a acontecer!
Estou descontente, desanimada, mas no conforto de um trabalho seguro.
Agora tenho uma proposta boa, mas é para entrar, mesmo no início de uma recessão.
Alguém que viveu 2 anos no desemprego, não quer voltar para lá. O meu lado aventureiro está a ser engolido pelo trauma de 2 anos com a vida em suspenso, e das inúmeras entrevistas que aniquilaram o meu ego profissional.
Tenho medo! O maldito que me bloqueia.
Sei que a evolução está fora da nossa zona de conforto.
Mas este meu conforto é a segurança da minha família.
A venda tem sido adiada. Mais um ano e eu peço o milagre que me permita daqui a um ano entrar no negócio.
Estive lá na semana passada e aquele arbusto de flores lilases e vistosas, que a minha avó plantou no fundo das escadas, estava novamente florido.
Se há planta resiliene é aquela. Todos os anos é cortada não é regada, mas volta sempre a crescer e a florir.
O quanto eu adoro chegar à entrada do quintal, olhar para o fundo e ver aquelas flores. É o ultimo vestigio de que aquelas ruinas já foram o lar de uma família. É o ponto de alegria no meio do caus do abandono.
A avó deixou-nos uma planta que nos espera á porta de casa como ela fazia.