Frágil
Eu resisto.
Mas dói.
Só eu sei como dói.
Não julgues!
A ferida que tu vez desse lado,
Atravessou-me,
E deste lado é muito maior!
Aquilo que te parece colorido,
Há muito que lhe perdi a cor!
A brisa que te envolve,
Deste lado é um vendaval ruidoso!
O silêncio que tanto te admira,
Em mim é demasiado barulhento!
O sorriso que me vês,
Emprestaram-mo!
Esconde lágrimas inconsoláveis
Que nunca se notaram.
Oh, mas eu sigo.
Eu resisto!
Mas não julgues.
Porque dói...
Só eu sei onde dói...