Desabafo
São castelos no ar
O que eu vejo cair!
(Há muito que deixei de fingir
Que os consigo agarrar!)
É areia que corre
Por entre os dedos cansados.
Um tempo que morre
Em momentos inacabados.
É minha vontade de escrever,
Minha esperança vazia
De ouvir as letras a dizer
O que a voz há muito silencia...
É uma dor no peito.
Uma leveza dolorida
De quem encontrou o pior jeito
Para seguir com a vida!