Vamos sair de casa
Uma medida tão desejada por uns, e por outros temida.
(Eu estou no grupo dos que a teme, principalmente depois das notícias que dão conta dos estragos que o vírus faz a nível cardíaco e neurológico (logo 2 pontos que eu tenho debilitado)).
Compreendo a necessidade de reabrir a economia (sim a economia, porque a sociedade, vai continuar "fechada"). É urgente voltar a produzir, vender, voltar a receber ordenados... É urgente voltar ao ativo e voltar a fazer coisas úteis!
A economia precisa que saíamos de casa, a maioria das pessoas precisa de ganhar dinheiro para sobrevivência das famílias e o estado precisa de gente e empresas a trabalhar e a pagar impostos.
Se o fim da quarenta já vem tarde para a economia, parece que vem muito cedo para a saúde.
Fico com dúvidas do que vai acontecer às nossas, "tão boas", taxas em relação ao desenvolvimento do covid-19...
Temos hospitais de campanha, e ventiladores disponíveis, mas será que temos profissionais suficientes?
Será que não vamos facilitar o contágio com os grupos de risco? Será que vamos conseguir manter a mortalidade tão baixa? Será que vamos conseguir auxiliar os doentes covid-19 e não covid com qualidade e em segurança?
Será que não vamos estar a colocar profissionais de serviços (lojas, restaurantes, cabeleireiros) em risco?
Digo isso porque não é fácil comer com máscara, assim como fazer o buço, ou cortar o cabelo a 2 metros de distância!
Já há datas para voltar ao trabalho, às rotinas de que tanto nos queixavamos e que tanto tempo nos roubavam, mas das quais estamos cheios de saudades.
No entanto, ainda não sabemos quando vamos voltar a beijar os nossos pais ou avós, quando vamos poder abraçar o irmão que tem asma ou o sobrinho que nasceu com problemas respiratórios...
A normalidade ainda não tem data!